Documentário mostra o lado sério do trapalhão Mussum


EXTRA - Por trás de Mussum, o personagem fanfarrão e criador das expressões “forevis”, “cacildis”, “negão é seu passadis” e “mé”, do humorístico “Os Trapalhões”, existia a seriedade de Antonio Carlos Bernardes Gomes. Morto há 24 anos, o ator teria feito 77 anteontem (7). Os detalhes dessa icônica personalidade vão ser revelados pela cineasta Susanna Lira, no documentário “Mussum — Um filme do cacildis”.

— As pessoas achavam que as piadas racistas que faziam com ele na televisão poderiam ser reproduzidas nas ruas. Mas ele não tolerava e partia para a briga. Mussum e Antônio Carlos eram pessoas diferentes — explica Susanna.

O filme será costurado com imagens de arquivo e depoimentos de amigos e parentes do ator, cantor e compositor (ex-integrante do grupo Originais do Samba). Na narrativa, eles voltam também à infância de Antonio Carlos, criado por uma mãe solteira que o colocou para morar num abrigo para menores.

— Ela era empregada doméstica e não tinha tempo de cuidar do filho como gostaria. Por isso, colocou o garoto no internato, mas nunca deixou de visitá-lo e era rigorosa com os estudos. Isso fez dele um homem responsável consigo (ele serviu à Aeronáutica) e com os quatro filhos — destaca a cineasta.

Susanna é diretora também da série “Rotas do ódio” (Universal), protagonizada por Mayana Neiva, que vive a delegada Carolina. A história acompanha a rotina de uma delegacia especializada no combate aos crimes de ódio: — Sempre disseram que o Brasil era uma nação tolerante. Mas, quando você vê a rotina de uma equipe que combate esse crime, não dá para acreditar que são dados daqui (Brasil). Nosso país é o que mais mata gays no mundo, por exemplo. São ataques bárbaros e que têm crescido muito.

Link original: Extra TV & Lazer

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