— As pessoas achavam que as piadas racistas que faziam com ele na televisão poderiam ser reproduzidas nas ruas. Mas ele não tolerava e partia para a briga. Mussum e Antônio Carlos eram pessoas diferentes — explica Susanna.
O filme será costurado com imagens de arquivo e depoimentos de amigos e parentes do ator, cantor e compositor (ex-integrante do grupo Originais do Samba). Na narrativa, eles voltam também à infância de Antonio Carlos, criado por uma mãe solteira que o colocou para morar num abrigo para menores.
— Ela era empregada doméstica e não tinha tempo de cuidar do filho como gostaria. Por isso, colocou o garoto no internato, mas nunca deixou de visitá-lo e era rigorosa com os estudos. Isso fez dele um homem responsável consigo (ele serviu à Aeronáutica) e com os quatro filhos — destaca a cineasta.
Susanna é diretora também da série “Rotas do ódio” (Universal), protagonizada por Mayana Neiva, que vive a delegada Carolina. A história acompanha a rotina de uma delegacia especializada no combate aos crimes de ódio: — Sempre disseram que o Brasil era uma nação tolerante. Mas, quando você vê a rotina de uma equipe que combate esse crime, não dá para acreditar que são dados daqui (Brasil). Nosso país é o que mais mata gays no mundo, por exemplo. São ataques bárbaros e que têm crescido muito.
Link original: Extra TV & Lazer
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