Evento 'A Noite Veste Azul', que vai celebrar os 95 anos da escola, contará, ainda, com bateria Tabajara do Samba e comidas típicas feitas pelas pastoras da Velha Guarda
O Dia/IG - O evento "A Noite Veste Azul" vai reunir Paulinho da Viola e Marisa Monte no Portelão, no dia 14 de abril, a partir das 20h, com a participação da bateria Tabajara do Samba. Na ocasião especialíssima, a escola também lançará o projeto social "Por Telas", a primeira oficina audiovisual já realizada em uma escola de samba e voltada para comunidade. No evento, o público também poderá desfrutar dos famosos quitutes preparados pelas pastoras da Velha Guarda Show.
O show "Paulinho da Viola Encontra Marisa Monte" promete emocionar portelenses de todas as idades. No repertório, os artistas vão recordar pérolas de Candeia ("Preciso me Encontrar"), Manacea ("Quantas Lágrimas"), Alberto Lonato ("Sofrimento de Quem Ama") e Monarco ("Portela, Passado de Glória"), entre outros. O público também vai curtir clássicos compostos pelo próprio Paulinho, como "Coração Leviano", "Dança da Solidão", "Para Ver as Meninas" e o hino "Foi um Rio Que Passou em Minha Vida". Para abrilhantar ainda mais a noite, a Velha Guarda Show da Portela subirá ao palco para dois números especiais, abrindo passagem para a bateria, que fará o encerramento ao som de sambas-enredos históricos da agremiação.
"Será uma noite histórica! Comemorar o aniversário da Portela com show de Paulinho da Viola e Marisa Monte é algo fantástico e que nos enche de orgulho. Um verdadeiro presente para a Família Portelense! Será também uma oportunidade perfeita para reverenciar nosso passado de glórias, celebrar nosso presente de conquistas e plantar uma semente importante para o futuro, que é o novo projeto social focado no audiovisual. É a Portela se fortalecendo e trabalhando cada vez mais em prol da sua comunidade", comemora o presidente Luis Carlos Magalhães.
Idealizado pela produtora cultural Cecília Rabello, filha de Paulinho da Viola, "Por Telas" é um projeto gratuito de inclusão através do audiovisual, que tem como ponto de partida o cinema como transformador social. O objetivo principal é dar voz aos jovens e adultos de comunidades, além de resgatar a cidadania, contribuindo efetivamente na construção de cidadãos. "Acredito que o cinema é uma excelente ferramenta para isto. Inclusão social, conhecimento e cidadania são os pilares mais importantes deste projeto. Mais uma vez a Portela me dá a oportunidade de construir uma linda história. Iniciaremos a primeira oficina de formação audiovisual da história de uma escola de samba", exalta Cecília.
O presidente Luis Carlos Magalhães faz coro: "O projeto é fantástico! Tenho certeza de que a Portela estará oferecendo mais um grande diferencial para os moradores da região, que já têm sido beneficiados pelas ações dos nossos departamentos Cultural, Social e de Cidadania. É importante frisar, ainda, que o novo projeto receberá suporte de todos os demais setores da escola."
Aulas de roteiro, direção e fotografia
Coordenadas pelo premiado cineasta paraibano André da Costa Pinto, as oficinas serão realizadas na quadra da Portela, onde os alunos terão aulas de roteiro, direção, produção, fotografia, som, montagem, direção de arte e direitos autorais, ministradas por profissionais do mercado. Serão oferecidas 30 vagas para alunos a partir de 16 anos. A data e o local das inscrições serão divulgados em breve.
Para participar, é necessário ser morador de Madureira ou dos bairros adjacentes (Oswaldo Cruz, Bento Ribeiro, Marechal Hermes, Rocha Miranda, Cascadura, Honório Gurgel, Turiaçu e Guadalupe). A partir das 30 histórias produzidas pelos alunos com tema livre, cinco serão selecionadas, transformadas em filmes e lançadas na 2º edição de "A Noite Veste Azul", programada para julho. Posteriormente, essas obras serão exibidas em festivais de cinema com produções nacionais e internacionais, possibilitando intercâmbio cultural. "Quero transformar esse jovem de maneira profissional e oferecer conhecimento, para que ele descubra um novo caminho", explica o diretor André da Costa Pinto, que começou a fazer cinema aos 16 anos, no interior da Paraíba.
Ansiosa com o lançamento do projeto, a curadora Cecília Rabello destaca outro importante objetivo da iniciativa. "Queremos proporcionar uma interação entre o público e o cinema. Através das oficinas abriremos espaços para debates e reflexões. Me sinto renovada e com o coração cheio de esperança em tempos difíceis."
Link original: O Dia na Folia - IG
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